terça-feira, 31 de maio de 2016

Esquizofrenia

É uma doença mental que não tem cura, ou seja é crónica e que surge na adolescência ou no começo da idade adulta. Atinge em igual modo os homens e as mulheres no entanto nos homens começa mais cedo, por volta dos 20-25 anos, sendo que nas mulheres um pouco mais tarde, por volta dos 25-30 anos. No entanto pode acontecer que esta doença surja em idade mais jovem. Estudos referem que 1% da população jovem sofre desta doença, entre idades compreendidas 15-35 anos. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) é a terceira causa mundial em que a qualidade de vida diminui entre os jovens que estejam na faixa etária 15-44 anos numa escala com todas as outras doenças.
Apesar das investigações estarem a dar um passo importante no conhecimento ainda maior da doença, a mesma ainda continua cercada de tabus e preconceitos por parte da sociedade. Apesar de ser considerada uma doença de carisma mental ainda existem pessoas que acham que um doente esquizofrénico é algo mal visto na sociedade. Frases como "têm dupla personalidade", "Pessoas como elas não deviam estar a viver na sociedade, encarceradas é que estariam melhor", "São violentas" são a prova de que ainda existe pouca informação sobre o que é de facto a Esquizofrenia. Esta doença esta dentro do grupo das perturbações psicóticas, é universal pois ocorre em todo o mundo não escolhendo estrato social, orientação sexual, géneros, religião ou outra qualquer característica Humana.
É complexa e abrange muitas dimensões. Está associada a uma disfunção cerebral, principalmente do lobo frontal.
Apresenta uma componente genética especialmente se alguém dentro de uma família já apresentou sintomas da doença.
O cérebro de um esquizofrénico apresenta menor tecido cerebral em relação às pessoas que não sofrem da doença. Os estudos sobre esta situação determinaram que o cérebro, é o primeiro órgão a ser afectado mesmo antes da manifestação dos sintomas mais óbvios.
Também foi apurado que o cérebro é mais pequeno nas pessoas portadoras desta doença. Já sabemos que o desenvolvimento cerebral fica completo nos primeiros anos de vida, logo pode existir algo que no inicio desse desenvolvimento que desponte mais tarde a doença, como por exemplo complicações na gravidez, exposição a determinados vírus.
Imagens imagiológicas determinaram que nos primeiros dois anos após o primeiro episódio, as pessoas sofriam uma maior perda de tecido cerebral, fazendo com que os danos abrandavam significativamente. Com base nesta situação, os médicos poderão no futuro identificar os períodos de tempo mais eficaz para impedir que o cérebro perca mais tecido e outros efeitos negativos da doença. 

História

A Esquizofrenia foi referida como pela primeira vez como doença nos finais do século XIX pela mão de um médico psiquiatra de origem alemã chamado Emil Kraeplin. Na altura, ele designou esta doença como Demencia Precoce visto que as pessoas que sofriam com este mal, eram jovens e demonstravam um comportamento desorganizado e regretório, tal como podemos observar nos idosos portadores de demência, como por exemplo Alzheimer. Este médico defendia que as doenças psiquiátricas são causadas por problemas genéticos e biológicos.
Também as ideias de Freud não eram bem vindas no que diz respeito às doenças psiquiátricas, já que Freud achava que todas elas eram de origem psicológica.
Kraeplin  classificou em duas formas distintas as psicoses, já que antigamente apenas existia um conceito unitário. Assim surgiu a Psicose maníaco-depressiva e a Demência precoce, actualmente designada por Esquizofrenia.
Dr. Eugen Bleuler
Já mais para o inicio do século XX, outro medico suíço na área de Psiquiatria, Eugen Bleuler veio com o termo Esquizofrenia já que a anterior designação ele achava que não estava correcta. A composição da palavra significa: Esquizo = Cindida e Frenia = Mente, portanto para Bleuler a principal característica desta perturbação é a cisão que existe entre o pensamento e a emoção, dando a impressão de existir na pessoa uma uma personalidade desorganizada, desfragmentada e desestruturada. Encheu durante vários anos os complexos hospitalares chegado ao ponto de ter um índice maior de hospitalização.
Os internamentos era prolongados a par com a difícil reintegração na sociedade, fizeram com que a sociedade tivesse preconceito e estigma que infelizmente ainda existe nos dias de hoje.
O tempo foi passando mas as investigações sobre esta perturbação não cessaram. Nos últimos 25 anos têm sido divulgados vários estudos sobre o esclarecimento, ferramentas de diagnóstico, na área da biologia, psicologia e farmacologia. Ao longo do tempo foram criados fármacos capazes de controlar a perturbação de forma a que pudesse existir uma reintegração do doente na família e acima de tudo na sociedade com recurso a tratamento ambulatório onde o paciente possa fazer uma reabilitação psíquica mental e social com ajuda do seu médico psiquiatra e psicólogo.
Apesar de já existir bastante informação o rótulo de "Degenerativa" ainda continua acompanhar o doente para onde quer que ele vá. Para que fique esclarecido, a Esquizofrenia NÃO é uma doença DEGENERATIVA!

Principais Causas

As causas ainda estão no campo do desconhecimento no entanto existem algumas teorias que defendem que a Esquizofrenia pode ter várias origens:

1) Teoria Genética: Sem duvida que estamos perante uma perturbação de carácter hereditário já que se houver na família alguém com esquizofrenia, só isso é um factor de risco significativo para que haja um desenvolvimento da doença em algum outro elemento familiar, nomeadamente indivíduos que possuam parentes em primeiro grau.

2) Teoria Neuroquimícas: A hiperfunção dopaminérgica central é a teoria neuroquimica mais aceite e também a mais investigada apesar que outros sistemas de neurotransmissores centrais, desempenham um papel importante juntamente com outros sistemas envolvidos ao mesmo tempo.

3) Teoria do Neurodesenvolvimento: Existem estudos que afirmam que situações que ocorreram durante a vida intra-uterina ou logo após o nascimento podem potencializar o aparecimento da esquizofrenia na medida em que interfere com o desenvolvimento normal de determinadas estruturas cerebrais, fazendo com que o individuo fique mais vulnerável aos sintomas tardios da perturbação. Outra das situações estudadas, também pode ter a ver com a má alimentação do feto, durante a gestação na medida em que pode diminuir o fornecimento de oxigénio, iodo, glicose e ferro já que estes elementos são essenciais para o bom desenvolvimento do sistema nervoso central. Para além da má nutrição, também doenças como diabetes, doenças pulmonares cronicas, anemias, inanição maternal nos primeiros 3 meses da gestação podem contribuir para o desenvolvimento da esquizofrenia.
Também o nascimento prematuro, mais ou menos antes das 33 semanas de gestação, podem levar ao aparecimento da perturbação, bem como eventos perinatais, complicações durante o parto que possam comprometer o hipocampo e o córtex como o caso de hipoxia ou isquemia.

4) Teorias Psicológicas: Por volta dos anos 40, surgiram as teorias de carácter psicológico que explicavam a origem da doença a partir de relacionamentos familiares, patológicos e existência de padrões de comunicação interpessoal aberrantes que aos poucos iam ganhando força e influenciando escolas do pensamento psiquiátrico.
De todas as teorias duas tem-se destacado por mostrarem que os factores psicossociais influenciam a forma de aparecimento de sintomas esquizofrénicos.
A primeira corrente estudou o ambiente familiar dos pacientes com a perturbação. Surgiu o conceito de "EE" Emoção Expressa, que serviu para definir determinados tipos de atitudes hostis ou do excesso de envolvimento emocional por parte dos familiares.
Estudos apontam que altos índices de "EE" na família podem aumentar significativamente a taxa de recaída e reinternamento hospitalar.
A segunda corrente relaciona-se com o estudo da influencia de "Eventos de stress psicossociais" na perturbação. A perda de um familiar, mudança de casa, exames na faculdade ou escola entre outras situações onde o stress é imenso, são indicadores que pacientes com esquizofrenia podem apresentar pioras sintomatológicas diante destas situações.
O modelo "Vulnerabilidade & Stress Psicossocial" é um modelo que integra factores biológicos e psicossociais da perturbação e apresenta a necessidade de uma abordagem mais global em relação ao tratamento do paciente tendo como principal objectivo, não apenas a diminuição dos sintoas, mas também o controle e prevenção de factores ambientais de stress.

5) Teoria Multicasual: este modelo reúne factores genéticos e ambientais, na medida em que defende a ideia de que a pessoa desenvolve a perturbação se de um lado tiver herança genética e do outro lado factores ambientais de risco.

Sintomas

Os sintomas da perturbação dão-se inicio meses antes do paciente sofrer do primeiro episodio, e como tal não são específicos da doença, dai ser difícil o diagnóstico precoce da doença.
Sendo assim os sintomas iniciais são os seguintes:

1) Comportamento hiperactivo; Deficuldades de aprendizagem e de memória; Sintomas de ansiedade
2) Inquietação; Taquicardias; Palpitações e Falta de ar; Desânimo; Falta de interesse; Humor depressivo
3) Em alguns casos ocorre, interesse por temas exóticos; Mistícos; Religiosos; Filosóficos; Astrónomos;
4) Delirios: Crença em factos irreais que não possuem base na realidade
5) Alucinações: As pessoas ouvem e vêm coisas que não existem
6) Pensamento Desorganizado: Reflecte na comunicação já que fala sem organização e nexo
7) Actividade Psicomotora desorganizada ou anormal: Dificuldade em realizar tarefas; Postura inadequada e existência de movimentos excessivos e inúteis
8) Não aparentar emoções; Não fazer contacto visual; Inalteração de expressões faciais
9) Discurso monótono sem adicionar qualquer movimento
10) Diminuição da comunicação; Falta de higiene pessoal
11) Apresenta Isolamento Social
12) Demonstra uma sensação de incapacidade de conseguir sentir prazer

SubTipos

Se formos a definir todos os tipos de Esquizofrenia, não sairíamos daqui, desta forma apenas a titulo de informação ficam aqui os subtipos desta patologia.

1) Paranoide; Desorganizada ou hebefrênica; Catatônica; indiferienciada; Simples e Residual

Tratamento

É muito importante que procure um médico. Na sua maioria não têm consciência de que o problema que possa estar acontecer requer uma atenção médica. Desta forma, deve ser um amigo ou parente próximo a levar a pessoa a um especialista.
Quando estiver perante o médico, tire as suas duvidas e oiça sempre o que o profissional têm a dizer. Sempre que possível responda às perguntas pois a resposta pode indicar ou não a presença da perturbação.
Quando os problemas começaram; São frequentes ou não; Já teve a ideia de suicídio ou não; já foi diagnosticado com algum problema; quais os medicamentos que toma? Todas estas questões são perguntas tipo que o médico pode fazer para conseguir perceber o que se passa consigo. Caso seja um familiar ou amigo a levar a pessoa, procure levar consigo todos os sintomas que observou na pessoa em causa. Um médico deve examinar cuidadosamente a pessoa e pode ser pedido como complemento imagens do cérebro como por exemplo tomografias e ressonâncias magnéticas. Também os exames de sangue podem ajudar a descartar outras doenças com sintomas semelhantes à perturbação.
Como já foi dito anteriormente a perturbação não tem cura, é cronica e como tal o tratamento vai ser para toda vida mesmo que os sintomas tenham "desaparecido". U uso de fármacos e terapia psicossocial são importantes armas para controlar a perturbação.
Nos períodos mais graves dos sintomas e de crise, o internamento pode ser um recurso necessário como forma de segurança para quem esta ao redor e para o próprio paciente, para alem de garantir uma higiene básica, sono adequado e alimentação adequada. Uma equipa multidisciplinar pode contribuir em muito para a melhora do paciente (Psiquiatra; Psicólogo; Enfermeiro; Assistente Social). De realçar que as pessoas que sofrem com esta complicação, na maioria das vezes ficam relutantes em tomar a medicação.
Os fármacos antipsicóticos são os medicamentos mais indicados para o tratamento já que eles são usados para controlar os sintomas agindo directamente sobre a produção de Dopamina e Serotonina no cérebro. Cabe ao médico escolher qual o medicamento que mais se adequa à pessoa. Para que haja melhoras, terá que haver um acordo de cooperação entre o profissional e o paciente. Caso o mesmo não queira tomar a medicação, pode ser preciso que o paciente leve injecções em vez de comprimidos.
Caso o paciente não apresente melhorias significativas mesmo que ele já tenha tomado diversos antipsicóticos, recorre-se à Clozapina. Esta tem demonstrado eficácia na redução de sintomas contudo os efeitos secundários são maiores do que outros medicamentos tais como Haldol, Haloperidol; Lexotan; Olanzapina; Respiridona, Bromazepan entre outros.
Uma terapia de apoio também pode ser útil para estes pacientes na medida em que são postas em prática técnicas comportamentais como treinar as habilidades sociais com intuito de melhorar as actividades sociais e profissionais. O apoio não se restringe apenas ao paciente mas sim aos familiares, pois eles também precisam de apoio.
É importante tomar os medicamentos de forma correcta e aprender a lidar com os efeitos secundários; Reconhecer os sinais que informam que poderá acontecer uma recaída e saber como deve agir caso os sintomas reaparecam e por fim é importante saber lidar com os sintomas que podem surgir ao mesmo tempo que esta usar o medicamento.

Complicações que aparecam caso não procure ajuda

Esta perturbação se não for tratada, pode levar a problemas emocionais, comportamentais e físicos bem como financeiros e jurídicos. Toda a vida da pessoa pode estar seriamente comprometida. Outros sintomas graves que podem surgir:

1) Risco de Suícidio; Risco de automutilação
2) Fobias e Ansiedades; Depressões
3) Abuso excessivo de álcool e drogas
4) Perda de Dinheiro; conflitos familiares
5) Diminuição da produtividade na escola e na área profissional
6) Isolamento Social; Outros Problemas de saúde; Consumo de tabaco
7) Ser vitima de comportamento agressivo
8) Ter comportamento Agressivo

Pessoas com esta perturbação não podem estar sozinhas, já que podem precisar de assistência. Nos casos mais graves, deverão estar em lares especializados a longo prazo desde que tenham uma estrutura adequada.
A pessoa com Esquizofrenia não se deve deixar abater, mesmo com os preconceitos e tabus sobre a perturbação, ela tem que entender que é possível ter um futuro, que tem potencial para viver a sua vida de forma normal como todas as outras pessoas, desde que não deixe de tomar a medicação e que siga à risca as indicações do médico e psicólogo.
É ainda mais importante ter nessa luta diária a família, os seus amigos e todas as pessoas que lhe querem bem. Fortalecer os laços afectivos é muito importante para o combate à perturbação.
Procure fazer o que goste, continuar com os seus tempos livres e viver a sua vida como qualquer outro ser Humano. Não deixe o Monstro da perturbação fechar os seus olhos e o seu coração para o mundo.
Claro que a luta nem sempre vai ser fácil, mas tem que conseguir e não vale a pena lutar contra si mesmo. Aprenda a fazer amizade com a perturbação e vai ver que ao seguir tudo o que lhe é pedido, você nem vai dar conta que esse Monstro esta consigo!
Aprenda a SER FELIZ e o primeiro passo para essa felicidade é aceitar a doença e aprender a conviver com ela!


Autor: Aires Barros
Fonte: Silva, R.C.B. (2009), " Esquizofrenia, uma revisão", Psicologia USP

OBS: Este artigo não obedece às regras do novo Acordo Ortográfico


1 comentário:

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